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As enchentes sempre castigam a região das ilhas , mas a solidariedade reina na comunidade

  • conexaosolidaria21
  • 22 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura

Conheça o trabalho social liderado pelo padre Rudimar, deste a enchente histórica de 2015



Religiosos ou não, todos geraram uma participação ativa, mesmo com muitas famílias vivendo em uma realidade precária, de miséria


Rudimar Dal’Asta, também conhecido como padre Rud, é natural de Frederico Westphalen, filho de pequenos agricultores, aprendeu na roça como conversar com a comunidade. E morando na Ilha da Pintada, em Porto Alegre, há quase cinco anos, ele se aproximou do universo das pequenas e pobres comunidades. O padre chegou na região das ilhas em um dos momentos mais dramáticos - antes da segunda maior enchente da história do Rio Grande do Sul, onde rio subiu 2,93 metros acima do normal - por causa da chuva em 2015.


Este foi um marco. E por isso, começamos essa história contando sobre a ligação do padre Rudimar com a região das ilhas. Foi a partir desta enchente, das dificuldades e da miséria que os trabalhos do projeto começaram nas comunidades. Absolutamente tudo era necessário naquele momento – pois muita gente perdeu tudo ou melhor – o pouco que tinham. Desde alimentos, roupas e apoio às famílias mais necessitadas – foram chegando. Doações que foram extremamente importantes. Padre Rud tem em mente que todos do local abraçaram a ideia de ajudar uns aos outros. O espírito de solidariedade despertou em quem tinha e em quem não tinha nada para dividir. Religiosos ou não, todos geraram uma participação ativa, mesmo com muitas famílias vivendo em uma realidade precária, de miséria.


SAIBA MAIS


Com a chegada da pandemia, padre Rud conta que houve mais de 20 mortos por Covid-19 na região das ilhas e percebeu que a solidariedade aumentou ainda mais nessa época, pois as doações não pararam. E seu depoimento, ele disse saia nas ruas com os devidos cuidados – usando máscara e mantendo o distanciamento, mesmo sabendo sobre o isolamento social vigente – por entender seu papel na comunidade, que vai além do papel religioso. Quanto à questão da política, é o que mais causa impacto nas pessoas, abandonadas pelo poder público, que os políticos só lembram da região das ilhas na época da eleição. “Um dos grandes empecilhos que temos hoje no projeto é muito a questão da política, em tempos de eleições, isso, massacra a comunidade, a política “mata” o povo” – conta.


A ajuda para o projeto, muitas vezes vem do Banco de Alimentos – entidade que é responsável por coletar e distribuir gratuitamente alimentos para instituições previamente cadastradas. No entanto, as doações do Banco de Alimentos não abrangem todas as famílias das ilhas. Para se ter uma ideia, são cerca de 4 mil pessoas. Outras entidades também estão unidas pela causa, dentre elas: Mesa Brasil – outra rede nacional de banco de alimentos contra a fome e o desperdício, Mensageiros da Caridade – um secretariado de ação social da arquidiocese de Porto Alegre (SAS), a Ceasa - Centrais Estaduais de Abastecimento. Grande parte das frutas, legumes, e flores comercializadas em feiras, supermercados, restaurantes e sacolões são compradas através das Ceasas, que ajudam como podem, ou seja, não ocorrem doações todos os dias. Outros ajudantes são empresários, ONGs, ou voluntários que entram em contato e chegam até o padre para entregar os produtos, ou então, o padre Rud e seus ajudantes vão até o local buscar.


Questionado sobre a expansão do projeto, padre Rud disse que gostaria de ter 3 mil cestas básicas por mês para entregar para o povo. Assim como sua maior inspiração, Jesus Cristo, que sempre estava junto do povo mais necessitado, padre Rud, também recebe forte motivação de sua própria família e também de amigos que a todo momento ligam ou mandam mensagens de apoio e solidariedade ao seu trabalho.



Vídeo - veja a realidade!

Mesmo com todo esse esforço, o padre diz que não se sente feliz: "é uma dura realidade a de quem vive na região das ilhas"


“É ruim ver pessoas necessitando de alimentos, pessoas que batem em sua porta pedindo fralda, leite, um móvel ou qualquer coisa para seu sustento” - ele conta. “Mas é claro que as ilhas não são só desgraças, como parece. É um bom lugar para se morar, bom para viver e conviver.” O padre afirma que há pessoas queridas e amadas na comunidade. As ilhas têm suas duas realidades: pessoas que vivem bem e outras nem tanto. Rudimar destacou durante a entrevista que “quem anda de barco pelo Rio Guaíba fica encantado com as ilhas, mas tem que descer do barco, pisar no barro, colocar a mão no barro para ver a necessidade, a realidade que a gente enfrenta aqui no dia a dia”.


Tudo o que for doado será sempre bem-vindo para a população da região. Por causa da onda de frio que o Estado está passando, já houve uma campanha para arrecadação de cobertores. Para entrar em contato, as pessoas ligam anteriormente para combinar o encontro, porque geralmente o padre Rud está ocupado com o projeto e cuidando das funções sacerdotais: celebrações, sacramentos, velórios, dentre outras.


Então para marcar, é necessário ligar e estabelecer dia e horário - mesmo que o padre não esteja presente, haverá alguém para receber as doações - por meio do telefone/WhatsApp: (51) 99516-1970.


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OUÇA O PODCAST EPISÓDIO #03 SOBRE O PROJETO DA REGIÃO DAS ILHAS:



Texto - Erick de Almeida

Vídeo / Edição - Fhelipe Aranha Andrade

Seleção de fotos - Michele Martins e Vitor Lopes

Editado - Mar Muller e Guilherme Petterson

Entrevista: produção de Verônica de Oliveira Julia Vilanova; produção, edição e apresentação Mateus Oliveira e Otávio Haidrich

Supervisão - professora Michelle Raphaelli

 
 
 

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