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A alegria dos beneficiados motiva o trabalho do coletivo Discípulos de Rao na Pandemia

  • conexaosolidaria21
  • 30 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 12 de jul. de 2021

Projeto Discípulos de Rao foi criado em 2016 por Anderson Valença, mas inspirado por Vicente Rao; saiba que foi Rao


A principal motivação para "os discípulos" é ter o símbolo do Inter junto, e claro: fazer o bem, ter o prazer de acompanhar as ações sociais e ver a alegria dos beneficiados, e principalmente, das crianças.


O projeto Discípulos de Rao provém de um coletivo de ações sociais espontâneas formada por um grupo de torcedores colorados do Sport Clube Internacional. Inspirado no trabalho de Vicente Rao, começou a história das ações sociais que ajudam a população carente de Porto Alegre - e está história começar a partir do relato de Anderson Valença.


SAIBA MAIS:


Até 2016, Anderson Valença disse ter feito parte de uma torcida organizada do Inter, mas resolveu sair porque não estava concordando com algumas coisas. Próximo de sua saída, ele foi a uma oficina de percussão aprender a tocar algum instrumento, onde, antes da parte prática, debateram sobre o motivo de o Inter ser considerado pioneiro em festas em estádios, e é aí que surge o nome de Vicente Rao. Para Anderson, o Vicente era apenas um conhecido ligado ao carnaval e não sabia que Rao já havia sido colorado. NAS Nas aulas, Anderson percebeu que a turma na qual estava tinha mais interesse pelo momento da ação, preferiam tocar os instrumentos a conhecer a história por trás do conteúdo que estão aprendendo.


Mas quem foi Vicente Rao?

Foto em homenagem a Rao - no Estádio Maracanã no Rio de Janeiro - Foto Instagram @discipuloderao


Naquela aula teórica, Anderson Valença entendeu o quanto Vicente Rao era importante para o clube. Vicente Rao foi um torcedor símbolo, nasceu em 1908 e era muito ligado a ações sociais e até mesmo foi considerado Papai Noel da Capital. Ele descia de helicóptero na Redenção e entregava presentes para crianças carentes, não importava se as crianças eram coloradas ou gremistas. Rao foi sócio do Inter desde 1931, mesma época em que foi fundado o Estádio dos Eucaliptos, foi Rei Momo de Porto Alegre por 22 anos e era muito conhecido especialmente em comunidades festivas e efervescentes. Ele era visionário - a favor das mulheres no estádio e pela paz nas torcidas. Lutou por uma vaga entre os titulares do time, porém jamais conseguiu alcançar essa posição. Mesmo que não tivesse conseguido ser um jogador talentoso, ainda tinha talento para sambar. Vicente levou suas experiências dos bailes e desfiles para as arquibancadas coloradas, criando a primeira torcida organizada do Internacional, o Departamento de Cooperações e Propaganda (DCP).


Para diferenciar e por causa do simbolismo que Rao representou, Anderson não queria herdar a festança do ídolo, mas a proposta foi pôr em prática a bondade das ações sociais. E também foi uma forma de homenagear o Rao - "pois nunca vi uma faixa, uma foto do Rao e pensei, taí uma oportunidade de homenagear este cara". Em sua criação dos projetos, há a seguinte máxima “se o Inter é o clube do povo, tá na hora desse povo fazer uma ação social pelo próprio povo”. Têm pessoas que entraram para o projeto por curiosidade, para conhecer as ações e acabaram “viciando” em ajudar outras pessoas e contribuir para fazer a iniciativa fluir. Nas ramificações sociais existem os necessitados por alimentos e também os necessitados por educação. Houve momentos em que as ajudas abrangeram crianças. Doações como caderno de caligrafia, materiais escolares, já aconteceu de serem escolhidas as crianças mais carentes possíveis, de determinadas séries, e foram feitos “kits de estudo”, onde pegavam um valor base e colocaram nos perfis sociais para que os seguidores doassem. Os itens eram comprados em lojas no centro de Porto Alegre, pois os materiais são mais baratos, e eram distribuídos nas escolas.


No início da pandemia, as pessoas começaram a ter que ficar em casa para não correrem o risco de contrair o vírus. Anderson entendeu que as pessoas passariam por mais dificuldades, porque não teriam trabalho e, consequentemente, não teriam dinheiro para comprar alimentos. Sabendo disso, o grupo de ajuda teve a ideia de realizar a distribuição de cestas básicas para quem precisasse e também recebeu patrocínio do coletivo “A Vida é na Rua” – pessoas engajadas em ações sociais que têm respeito e admiração pelo trabalho do Anderson – e de Bruno Fuchs, ex-zagueiro do Esporte Clube Internacional. A principal motivação para "os discípulos" é ter o símbolo do Clube do Inter junto, e claro: fazer o bem, ter o prazer de acompanhar as ações sociais e ver a alegria dos beneficiados, e principalmente, das crianças. Deste modo, eles têm noção do quanto existem pessoas que precisam que as ações se mantenham ativas.


Os Discípulos de Rao entendem que nem todos conseguem ajudar financeiramente, mas agradecem profundamente àqueles que divulgam o trabalho deles, pois, assim, mais pessoas do círculo social daquele que divulgou encontram as ações solidárias e podem ajudar com algum valor. Muitos deixam de ajudar por desconhecerem projetos que realizam essas atividades e, por causa disso, Anderson acredita que a divulgação já é de grande ajuda aos discípulos.


Para entrar em contato pelas redes sociais basta pesquisar por Discípulos de Rao. Para contato direto, o WhatsApp é: (51) 99214-8340.


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OUÇA O PODCAST EPISÓDIO #05 SOBRE O DISCÍPULO DE RAO:

Texto - Erick Padilha de Almeida

Seleção de fotos - Luana Tricot / Julia Freitas

Editado - Mar Muller

Entrevista: produção de Verônica de Oliveira Julia Vilanova; produção, edição e apresentação Mateus Oliveira e Otávio Haidrich

Supervisão - professora Michelle Raphaelli

 
 
 

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