"Família é a única ferramenta efetiva no processo de ressocialização” - conta Lisiane

conexaosolidaria21
25 de jun. de 2021
2 min de leitura

Atualizado: 12 de jul. de 2021

A pandemia assolou as comunidades mais vulneráveis do Brasil, entre elas está o grupo dos encarcerados

É com essa consciência que a voz e a luta de Lisiane Pires se evidencia para diminuir os traumas e dificuldades causadas pelas prisões no Rio Grande do Sul.

Não é novidade alguma a situação insalubre e precária do sistema penitenciário brasileiro. Porém, em decorrência da pandemia do Coronavírus, essa realidade se escancarou mais e foi levada ao limite.

SAIBA MAIS:

Conheça o trabalho da Frente dos coletivos carcerários do Rio Grande do Sul

Saiba como ajudar o projeto que busca responsabilidade social dentro do sistema carcerário

A pandemia assolou as comunidades mais vulneráveis do Brasil, entre elas está o grupo dos encarcerados, que, logo no início do isolamento, foram privados de receber visitas - muitos dos insumos de combate ao vírus eram levados pelos próprios familiares. Foi neste momento que Lisiane Pires, coordenadora da organização Frente dos Coletivos Encarcerados do Rio Grande do Sul, teve a iniciativa de arrecadar equipamentos básicos de combate ao vírus.

"Lutamos por quase um ano sem expectativa de vacina, somente com isolamento, álcool, sabão, máscaras e muito cuidado." Mas como usufruir desse direito sem acesso básico a estes insumos?

No Brasil, uma pesquisa identificou que a incidência do vírus da tuberculose é 35 vezes maior dentro do sistema prisional. É com base nestas (e outras) dificuldades sanitárias que Lisiane e cada vez mais pessoas se solidarizam com a ONG.

A organização se aplica na responsabilidade social dentro do sistema carcerário, se encarregando também de orientar familiares de detentos, propondo apoio psicológico e instruindo juridicamente. Essa assistência é justamente para diminuir o impacto do cárcere na vida das pessoas.

A ideia de criar a Frente dos Coletivos Carcerários do RS começou em 2019, mas se efetivou em 2020 (com a quebra dos vínculos familiares), quando se instaurou um sistema de atendimento para familiares de encarcerados. “A família é a única ferramenta efetiva no processo de ressocialização”, diz Lisiane.

CONFIRA TAMBÉM:

Mapa Solidário: localize instituições, ONG's e pessoas que praticam o bem